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3 - O BURRITO DESCONTENTE
3 - O BURRITO DESCONTENTE

                  

               

                          O   BURRITO   DESCONTENTE

 

♦♦♦ 

 

      Há muitos, muitos anos existiu um

 

homem que tinha um burrito e uma

 

carroça, quando se queria deslocar ás

 

aldeias vizinhas, ou ir ás feiras, esse

 

era o seu meio de transporte, atrelava

 

o burrito à carroça e lá ia ele a todo o

 

lado.

     

Mas isto não era nada do agrado

 

do burrito joão assim se chamava ele,

 

foi o nome que o dono lhe pôs, quando

 

regressava a casa vinha sempre tão

 

carregado que quase não tinha força

 

para puxar a carroça, assim que o

 

dono o libertava se esticava no chão,

 

nem lhe apetecia comer de tão

 

cansado, era bem tratado não passava

 

fome nem sêde, mas mal dizia a sua

 

vida, era mesmo uma vida de escravo,

 

sempre atrelado áquela tão indesejável

 

carroça e nem sequer tinha liberdade

 

para correr pular pelos prados.

   

   Foi então que pensou; quando

 

apanhasse o dono distraido, se punha

 

em fuga.

  

    Aconteceu que um certo dia de

 

muito calor, depois do almoço o seu

 

dono foi dormir uma enorme sesta, o

 

burrito espertalhão aproveitou e fugiu.

   

   Lá foi ele em grande corrida a

 

galope trepando, descendo por todo o

 

sítio correu, correu tanto que ficou tão

 

distante, tão longe, que já não sabia

 

onde estava, parou um pouco para

 

descansar, se pôs a olhar para todo o

 

lado e viu que estava só, não se sentiu

 

nada bem, precisava mesmo era ter

 

um burrito igual a ele que lhe fizesse

 

companhia, para correrem e saltar

 

seria muito mais divertido, os dias se

 

iam passando e ele sempre só, mas

 

isso não o impediu de corrrer, pular,

 

saltar por todo o lado e ter a liberdade

 

que sempre desejou.

 

      O pior veio depois,começou a

 

sentir sêde e fome e também à noite

 

não tinha onde se abrigar, a comida

 

lhe faltava começou a emagrecer, ficou

 

tão magrinho que não tinha forças

 

para pular e brincar, em corrida por

 

aqueles campos, então arrependido

 

pensou em regressar para o seu dono,

 

que lhe dava trabalho, mas nunca o

 

deixou passar fome.

  

    Passou dias e dias a caminhar até

 

que chegou, tão fraquinho quase não

 

podia suster-se de pé!

 

O dono ao vê-lo tão abatido

 

sentiu uma enorme tristeza, mas o

 

aceitou com alegria pois lhe fazia

 

bastante falta, cuidou dele com muito

 

carinho e não lhe deu trabalho

 

enquanto não recuperou e ter

 

novamente forças.

    

   O burrito joão gostava de ter um

 

pouco de liberdade, o dono lhe

 

prometeu que lhe daria muitos dias

 

para ele correr e pular.

      

  Então jurou que nunca mais

 

fugia!

 

 

♦♦♦

 

 

 

 

 

 

 Maria Alda C. Ferreira

 

 

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