Translate to English Translate to Spanish Translate to French Translate to German Translate to Italian Translate to Russian Translate to Chinese Translate to Japanese

Rating: 3.3/5 (262 votos)




ONLINE
7


Partilhe esta Página


 


36 - A COSTUREIRA - CASO VERÍDICO
36 - A COSTUREIRA - CASO VERÍDICO

 

 

 

************************* 

 

CASO VERÍDICO

 

 A COSTUREIRA

 

*******************

 

 

♦♦♦

 

 

 Era uma costureirinha

 

Que desde menina

 

 Andava sempre a costurar!

 

Cresceu se fez mulher

 

As pessoas lá da aldeia

 

 A iam sempre chamar 

 

Porque queriam que a sua roupa

 

   Ela fosse costurar!

 

Como era muito habilidosa

 

  Tudo sabia fazer

 

 Fazia camisas, calças saias, aventais

 

 Roupa para crianças

 

 E outras coisas mais!

 

 Levava a vida sempre costurando

 

 E a todos da família

 

 Lá ia ajudando!

 

 Continuou sempre a costurar

 

 Nesse tempo...

 

Pouco ela ia ganhar

 

  Então o que valia 

 

É que em casa das freguesas

 

Ela também lá comia!

 

   Um certo dia...

 

Depois de ter almoçado

 

 A senhora lá da casa

 

Onde estava a trabalhar

 

 Uma bebida lhe foi oferecer!

 

 E logo respondeu não

 

Muito obrigado

 

 Não estou habituada a beber!

 

 A senhora insistiu e disse

 

Beba, beba esta bebida

 

  É caseira é aguardente muito boa

 

 Vai ver que vai gostar

 

Até  lhe ajuda a digestão

 

 Pois acabou de almoçar!

 

 Tome beba...

 

 E para ser amável lá aceitou

 

Bebeu só um golinho

 

  Logo se apercebeu 

 

Que não era aguardente

 

E lexívia ela lhe deu!

 

  Ai...Ai...Sr.ª Miquelina

 

Que estou toda a arder

 

  A Sr.ª Miquelina ficou tão aflita

 

Pois se foi enganar

 

 As garrafas estavam juntas

 

  Então as foi trocar!

 

 A pobre da costureirinha

 

Ficou tão doente

 

  Para o hospital foi imediatamente!

 

  Lhe fizeram a desintoxicação

 

 Tanto chorou

 

Lhe doía o coração!

 

 Ora a minha vida

 

O que os médicos 

 

De mim vão pensar?

 

 Que eu com certeza

 

Me ando a embriagar...

 

  E eu que nunca bebi aguardente

 

 Então dizia

 

Isto me serve de lição

 

 Bebida nenhuma aceito

 

Que venha da sua mão!

 

   E assim se passaram os anos

 

Nesta luta a trabalhar

 

  Até que por doença

 

 Ela teve de parar!

 

 Hoje já não existe

 

Deus a chamou

 

 Eu não me esqueço dela

 

  No meu coração ficou!

 

 

 

 

 

 

♦♦♦ 

 

 

 Maria Alda C. Ferreira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

topo