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53 - MOCIDADE QUE PASSOU
53 - MOCIDADE QUE PASSOU

 

 

 

 

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MOCIDADE QUE PASSOU

 

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 ◊◊◊

 

 


Noite fria de Inverno


As estrelas brilham no Céu


Numa humilde casinha


Tão só estava a avozinha


Num banquinho sentada


Aquecendo-se à lareira!


Olhar parado, no tronco que ardia


Enquanto os pensamentos


Lhe acudiam à memória


Recordando com saudade


Os tempos da juventude!


O tronco ia ardendo


Transformando-se em brasas


Que se iam extinguindo


Com olhar melancólico as observava


Até se desfazerem em cinza


Então se lembrou...


Que aquelas brasas vivas


Se iam apagando


Deixando de dar calor


As comparou tal qual a sua vida


Outrora cheia de calor


E que agora se ia apagando


Enfraquecendo e se tornaria em nada


Como a cinza daquelas brasas!


Deixou que duas lágrimas


Lhe rolassem pelo rosto


Aliviando assim o coração


Com um sorriso triste pensava


Não há nada melhor no mundo


Que ser jovem!


Sentir a vida cheia de fulgor


Sonhar ter ilusões


Agora a vida tinha ficado parada


Já não sonhava!


Como tinha sido amarga a sua vida


Nada mais esperava


Tinha desaparecido

 

toda a sua vitalidade


Daria tudo para de novo ser jovem


Para sonhar ter ilusões


Poder fazer da sua vida


Uma vida diferente daquela que teve!


Mas já era tarde, muito tarde


E o tempo não volta atrás


No silêncio da noite


Imersa assim em seus pensamentos


A noite avançava


E ali à lareira, sentada no seu

 

banquinho


Como quem sonha


Recordava a mocidade tão distante!

 

 

 

 

 

◊◊◊

 

Maria Alda C. Ferreira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                       

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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