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A SOMBRA
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Num lindo dia de sol
Eu andava a passear
Comigo ia a sombra
Me ia acompanhar.
◊◊◊
Numa noite de luar
A sombra lá estava
Não podia passear
Não me abandonava.
◊◊◊
Se andasse para a frente
Ou andasse para o lado
A sombra lá estava
Seguia sempre a meu lado.
◊◊◊
Se esticasse um braço
Ou abrisse a minha mão
Ela sempre me imitava
Se refletia no chão.
◊◊◊
Até achei uma certa graça
Mas acabei por me aborrecer
Era feia e tão escura
Comigo não se ia parecer.
◊◊◊
Saio à rua quando não há sol
Prá sombra não me chatear
E só saio de noite
Quando não há luar.
◊◊◊
Não gosto da minha sombra
Nem da sombra de ninguém
Gosto de andar sem sombra
Porque assim me sinto bem.
◊◊◊
Mas a sombra é tão teimosa
Que quando o sol queima
Lá ando com a sombrinha
E acabo sempre…
Por não andar sozinha.
◊◊◊
Nos dias de chuva
O sol não vai aparecer
Então a sombra
Não me vai aborrecer.
◊◊◊
Mas quando chove
E para não me molhar
Lá ando com o chapéu
Que me vai acompanhar.
◊◊◊
Queria ver se andava só
Mais vale só…
Que mal acompanhada
Mas se não trago o chapéu
Fico toda molhada.
◊◊◊
Até em casa
A sombra anda comigo
Não me larga
Pra meu castigo.
◊◊◊
Daqui em diante
Não me vou importar
Que a minha sombra
Me vá acompanhar.
◊◊◊
O gato faz sombra
O cão também
Cada qual faz a sombra
Conforme a imagem que tem.
◊◊◊
Deixa lá andar a sombra
Assim acabo por pensar
Nos dias de sol
Ou nas noites de luar.
◊◊◊
Maria Alda C. Ferreira
Alda Ferreira
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