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O TEMPO PAROU 

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Deixou de contar

O tempo parou...

Mas em seu coração

A dor ficou!

Noite fria

Noite gelada

Em que tudo se repetia

Na hora parada

Seu rosto se transforma

Pela raiva contida

Pela adversidade

Da própria vida

Quem dera alcançar

O tempo distante...

É barco no mar

Sem tripulante

Ao sabor das vagas

Pelas marés sacudido

Barco, barco perdido

Ao sabor das marés

Assim no alto mar

Te vou conduzir

Pra não ires naufragar

Vou andar sempre contigo

Por este Oceano

Não contar os dias

Nem contar os anos

Remar em direcção ao porto

Olhar sempre em frente

Poder lá chegar

Saber-se que é gente!

Remar, remar...

Remar contra a maré

E ser como as árvores

Que morrem sempre de pé.

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Maria Alda C. Ferreira