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QUEM SOU EU
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Gritava ao vento que passava!...
Estou aqui, acorrentada desprezada
Que mal eu fiz?
Venham-me libertar!...
Não quero mal a ninguém
A todos só quero bem!
Eu não sou fel
Sou doce como o mel!
Continuei ao abandono
Como animal sem dono
Assim anos sem fim
Fiquei presa em prisão
Ao ver a multidão
Precisando tanto de mim!
Continuei em grades de ferro
Até que um dia dei um berro
Quero ser livre...livre...livre...
Mas quero ser estimada
Nunca mais abandonada!
Até parecia chalaça
Não deixava de ter graça
Eu, a gritar que queria ser livre
Eu, que sou a liberdade!...
Mas grande foi a alegria
Porque nesse dia
Na rua andava a Liberdade
Enfeitada de cravos vermelhos
Cravos vermelhos
De amor e saudade.
25 de ABRIL de 1974 - Dia da Liberdade
25 de ABRIL SEMPRE !
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Maria Alda C.Ferreira
Alda Ferreira
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