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143 - A TRICANA DE COIMBRA
143 - A TRICANA DE COIMBRA

 

 

 

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A   TRICANA   DE   COIMBRA

 

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◊◊◊

 

 

Fui à fonte

 

Encher a cantarinha

 

Meu amor já me esperava

 

Pra grande surpresa minha.

 

 

 ◊◊◊

 

 

 

Ali nos fomos encontrar

 

  Num lindo dia de sol

 

Bebemos água da fonte

 

Ouvimos o canto do rouxinol.

 

 

 ◊◊◊

 

 

 

A cantarinha ficou cheia

 

Eu a fui despejar

 

Para ficar mais um pouco

 

Com o meu amor falar.

 

 

◊◊◊

 

 

Voltava depois a casa

 

Mais cantarinhas a encher

 

Regressava de novo à fonte

 

Meu amor eu queria ver.

 

 

 ◊◊◊

 

 

 

E nesses encontros

 

Quase sempre à tardinha

 

Não me cansava de ir à fonte

 

A encher a cantarinha.

 

 

 

◊◊◊

 

 

Nos dias em que não o via

 

Grande a minha desilusão

 

Aumentava a saudade

 

Dentro do meu coração.

 

 

◊◊◊

 

 

Então voltava à fonte

 

Na esperança de o encontrar

 

Sem que ninguém visse

 

Se íamos então beijar.

 

 

 

 ◊◊◊

 

 

Não me cansava do caminho

 

Nem das pedras que pisava

 

Porque sabia que na fonte

 

Meu amor lá me esperava.

 

 

 ◊◊◊

 

 

 

Muitas vezes fui à fonte

 

Meu amor não encontrei

 

A dor foi tão forte

 

Que por ele muito chorei.

 

 

◊◊◊

 

 

Meu amor era estudante

 

Eu uma simples tricaninha

 

Depressa de mim se esqueceu

 

Para grande tristeza minha.

 

 

 ◊◊◊

 

 

 

 

 

 

Maria   Alda C. Ferreira

 

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