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9 - O HOMEM E O SEU CÃO
9 - O HOMEM E O SEU CÃO

 

 

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  O   HOMEM   E   O   SEU   CÃO

 

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♦♦♦

 

 

 

   Era uma vez um homem que vivia

 

muito só, a vida dele transformou-se

 

numa enorme solidão, não tinha com

 

quem falar, com quem desabafar as suas

 

angústias, de vez em quando lá falava

 

com alguém que passava lá na estrada,

 

junto á sua casa, mas era muito raro e

 

devido à sua solidão, passou a ser

 

um homem muito desleixado, porque a

 

vida não lhe dava prazer, comia e deixava

 

os pratos sujos, quando queria comer não

 

tinha um prato limpo, descalçava as botas

 

e deixava-as por qualquer lado, quando

 

as queria calçar não sabia delas, havia

 

roupa suja pelo chão, debaixo da cama,

 

na casa de banho, que afinal nem banho

 

tomava, o cabelo e a barba muito

 

comprido, estava assim este

 

pobre homem.

 

   Até que um dia pensou…tenho de

 

arranjar um animal de estimação, para

 

me fazer companhia,porque assim

 

sozinho não estou bem!!! 

 

   Foi à feira e comprou uma vaca, a

 

trouxe para casa, mas a vaca era muito

 

gorda e tinha uns cornos muito largos,

 

não passava pela porta e só lhe queria

 

dar coices, desanimado levou a vaca para

 

a feira, afim de trazer outro animal mais

 

pequeno, desta vez trouxe um carneiro,

 

ah!...este sim já passa pela porta, mas lá

 

em casa se estava tudo desarrumado pior

 

ficou, o carneiro não parava quieto,

 

quando se foi deitar levou-o para o

 

quarto, levou uma cornada que o atirou

 

pelo ar e foi cair estatelado

 

em cima da cama.

 

  Carneiro atrevido, já não te quero e lá

 

ficou ele novamente sozinho!

  

De manhã bem cedinho, depois de uma

 

noite mal dormida, pegou num banquinho

 

e se foi sentar à porta de sua casa, muito

 

pensativo devido à sua  triste situação.

 

    De repente viu à sua frente um

 

cãozinho, que o olhava, com olhar muito

 

triste mas muito meigo, como quem pede

 

uma esmola.

   

Olá!...estás aqui…de quem és tu? De

 

ninguém, és como eu vives sozinho, vejo

 

que tens fome vou tratar de ti e fazemos

 

companhia um ao outro, não sei o teu

 

nome, mas não interessa, te vou chamar

 

Migo, espero que depressa aprendas o

 

teu novo nome, aprendeu e era

 

obediente, se tornaram amigos

 

inseparáveis!

 

   Naquela casa nunca mais houve

 

solidão, passou a estar tudo limpo e

 

arrumado, havia higiene tanto no 

 

homem como no cão, dormiam no

 

mesmo quarto, mas que bela companhia.

  

Compreendiam-se muito bem, davam

 

longos passeios, eram muito felizes,

 

encontrou finalmente

 

a companhia que desejava.

  

Todos os animais se devem tratar bem,

 

mas muito em especial o cão, porque ele

 

é o maior amigo do homem!

 

 

♦♦♦

 

 

 

 

 

Maria Alda C.Ferreira

 

 

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