Menu | O SONHO DÁ FORÇA À VIDA |
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SOFRENDO
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Pela noite vagueia
Como alma perdida
Na escuridão dos dias
Sem sentido
A razão, já não é razão
A força deixou de existir
Dentro daquele insignificante ser
Porque o ser que foi ser
Há muito que deixou de ser!
Como se a vida não tivesse valor
E dos olhos cansados como do
moribundo
Já se não via a chama ardente do
olhar
Num andar cambaleante
Deixando cair os braços
Num gesto de desalento
Balançavam devagar
Acompanhando os passos lentos
Dum corpo enfraquecido
Porque a vida lhe roubava
A alegria de viver!
Estava só
Num mundo cheio de gente
Que não reparava sequer
Que ali estava alguém
Precisando de ajuda
Como num grito
De ave ferida sem esperança
Esperando salvamento como náufrago
Desesperado em alto mar!
Ninguém, ninguém...
Via que estava ali alguém
Esperando um gesto
Um carinho, uma palavra amiga
Para que pudesse voltar
De novo à vida
Essa vida que aos poucos
Ia perdendo a razão de viver
Porque o mundo impiedoso cruel
A empurrava para esse fosso onde
caíra
De onde não, não mais sairia
Sem a ajuda
Dessa mão forte e amiga!
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Maria Alda C. Ferreira
Alda Ferreira
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